Wir Tanzen Konzentriert
29.10.05
2:45 PM
Me perguntaram porque eu escrevi tão pouco sobre o Tim Festival. Bem, não tinha muito mais a dizer além do que já havia sido dito em vários lugares, então fui breve. Mas sobre o Stereo Total não haverá muitas resenhas, porque a soma das pessoas que viram eles nos shows no Brasil não deve dar um terço das que estavam no Tim. Eles passaram por aqui quase desapercebidos e foram tão divulgados quanto um show local. Foi no Só faltava essa, pelo módico preço de R$ 10.

Sou fã deles desde pouco antes do Curitiba Pop Festival 2003, onde eles tocaram pra uma Ópera de Arame quase vazia. Éramos umas 80 pessoas, no máximo; o resto começou a ir embora depois do Otto. Era espaço demais pra eles. No palquinho do Era só estariam bem mais à vontade para cantar suas musiquinhas sobre as coisas legais da vida, como cinema, canções pop e estradas pra ir à praia.

Depois duma discotecagem que passava do nonsense e chegava quase à esquizofrenia (Led Zeppelin, LCD Soundsystem e INXS na mesma noite é ecleticismo demais), lá entraram eles, Françoise com sua bolsa e caderninhos, Brezel com seu topete ralo. Françoise lia várias coisas em português, pediu ajuda pra dizer "meias" e no meio duma canção trocou "fome" por "hambre". Brezel apertava os botõezinhos, fazia performance e percutiu com baquetas as coisas ocas mais próximas do cenário. E os fãs cantavam o que podiam (ninguém sabia francês ou alemão suficiente).

Distribuíram singles (eu peguei um!) e quando tocaram Wir Tanzem in 4-eck chamaram o público ao palco. Oportunidade de ver o equipamento do Brezel: um teclado Casio de brinquedo, uns pedais, um aparelho minúsculo que deveria ser um sampler, e aquela caixinha compridinha que se tocava com um dedo e que ofereceu pro público tocar. Fizeram vários bises, não queriamos deixar eles irem. A Françoise fazia pose de cansada e se abanava com a mão. Joe le Taxi foi uma das últimas, e é claro que cantamos com a letra que a Angélica popularizou.

Depois da última canção, demos tchauzinho, meio que autorizando a Françoise a acabar o show. E além de estar feliz por ter estado num show muito mais intenso que os que vi no Tim, ainda pude pedir autógrafos e treinar meu francês com a Françoise. Mas ela não entendeu quando eu disse "j'aime tes cahiers".

PS: Fotos aqui.
Last Nite
26.10.05
2:45 AM
(O título deste post faria sentido dois dias atrás)
Vou falar do Tim Festival antes que tenha que falar do Claro que é rock. Arcade Fire foi grandioso e épico, com o público cantando junto (fizeram mais sucesso do que eu imaginava). Kings of Leon foi um tédio. Strokes foi ótimo, e não precisaram mais do que tocar as músicas. Julian estava com gripe, mas tudo bem. E R$ 4 o copo de água me fez sentir na Daslu.
Disarm you with a smile
24.10.05
2:14 PM
64% decidiu que a venda de armas não deve ser proibida. Ou seja, você tem a liberdade de comprar armas para usar em discussões sobre times de futebol, por exemplo.
Happiness is a warm gun
22.10.05
3:22 AM
Não poderei votar neste referendo porque estarei em São Paulo pra ver o Strokes. Mas certamente votaria pelo "sim", já que os esforços dos partidários do "não" mais do que atingir seu objetivo, me afugentaram. Ia escrever algo a respeito das bobagens em forma de powerpoints com que tentaram me convencer a que ter um .38 em casa é legal, mas um tal Hélio Schwartsman fez isso melhor que eu:
O resumo da ópera, para além das besteiras que estão sendo ditas por ambos os lados, é que, em termos práticos, o referendo é quase inútil. A campanha do "não" consegue ser um pouco pior do que a do "sim". Enquanto o povo do desarmamento abusa de números discutíveis e raciocínios simplistas tendentes ao maniqueísmo, a bancada da bala se vale quase que exclusivamente de falácias.

E pra arrematar tudo, no blog dela encontrei a notícia hilária que fazia falta:
Uma discussão sobre o referendo acerca da venda de armas de fogo e munição dentro de um bar em Juiz de Fora (255 km de Belo Horizonte) foi encerrada na madrugada desta sexta-feira com o defensor do "não" disparando três tiros contra o defensor do "sim".

Enfim, seja sim ou não, votem conscientes, nem que seja pra aproveitar melhor toda a grana que está sendo gasta nesta bagaça.

Bonus track, homenageando o autor da música do título do post:

Campanha publicitária de alguma coisa, via Brainstorm #9.
Andei indo ao cinema estes dias. E loquei um dvd. Três filmes em três dias, muito acima da minha média. Vou bancar o Rudney e falar um pouco deles.
O primeiro foi Crash, no limite. Não, não é o do Cronenberg. É uma sobre racismo, mas não tenha preconceito contra isso e vá assistir. Fica entre Magnólia e Traffic, mas muito menos dramática. Gostei muito, apesar de certas obviedades e alguma que outra piadinha fora de lugar. Mais coisas e melhor contadas, aqui.
O segundo foi O declínio do Império Americano, em dvd, ótimo, desses filmes que ando gostando ultimamente, nos quais não acontece quase nada. E até arrisquei a testar meu francês nivel três assistindo uns trechos com legendas nesse idioma.
E o terceiro, The Corpse Bride. Ok, Burton já não me surpreende tanto, mas não tem como não gostar duma história tão linda, com direito a algumas cançõnzinhas (quero a trilha já) e muito humor negro. Em alguns momentos a técnica de stop-motion é mais evidente, e essa imperfeição, que passa desapercebida entre as outras perfeições do filme, dá ao filme um gosto caseiro desejável nos tempos da Pixar e Dreamworks.
Fico devendo a cotação em estrelinhas, mas fica pra próxima.
Meme
20.10.05
1:30 AM
Continuando o meme que achei no blog dela, fui lá no Google e digitei "Matias needs". Resultados:

Matias needs to sell just over 9000 keyboards.
(tudo isso?)
Matias needs to be commended for his work with the publicity.
(publicidade? aff!)
Matias needs to do some research or stop bullshitting.
(ei!)
Matias needs to do these 45840 things before Dec. 1 - which is two bloody weeks away.
(putz, já tenho bastante com os 9000 teclados)
Matias needs an oxygen condenser.
(oba, quero um que também toque mp3)
Matias needs matas.
(eu hein?)
Corações estão na moda
10.10.05
1:57 AM
Que meigo, as esfihas de carne do Habib's agora tem formato de coração. Claro, as que foram fotografadas para os cartazes estavam perfeitamente esculpidas, enquanto as que são vendidas tem umas formas variadas, que não sei se aumentam ou atenuam o patetismo da situação. Se fosse um bombom, um marzipã, ou qualquer coisa assim, um biscoito que seja... mas não, uma esfiha de carne. Alguém do marketing do Habib's anda precisando de um pouco de colo.
Vale o clique
7.10.05
11:49 AM
Agora fiquei com medo
2.10.05
11:55 AM

Fui acordado por dois pássaros, acho que duas pombas, que bicavam os vidros da janela do quarto. Mas depois insistiram na janela do quarto ao lado. E depois, bicavam na janela da sala, quase do outro lado da casa!
E me lembrei duma cena de "Os pássaros", que vi numa noite de insônia da minha infância. Vou aproveitar para ver o filme inteiro (o cartaz recomendava não contar o final, não façam isso aqui) antes de ser devorado por um bando de pombas demoníacas.