Soube em cima da hora, pelo jeito a divulgação não foi tão boa assim. Fui comprar o ingresso pouco antes do show, e desta vez tive desconto no ingresso não como culpado e sim como cúmplice. O quilo de alimento foi o jeito que a organização do show encontrou para que todos pagássemos meia entrada, ou para que alguns não pagassem o dobro. Para quem acha que isto prejudica os estudantes, recomendo que vão se preparando para a decepção de não encontrar presentes debaixo da árvore de natal.

O show me surpreendeu na fila pra pegar uma água, depois duma curitibaníssima fila e ver o final do Black Maria. Voltei rápido pro meu lugarzinho na platéia. O começo do show, porrada. A primeira música que reconheci foi "Señor Matanza" do Mano Negra. Lá na frente do palco, alguém com a bandeira do Che, que até parecia fora de contexto considerando boa parte da audiência.

Fomos lá pra frente. "Marihuana ilegal!", cantavam Manu Chao e os que me perguntavam se eu tinha seda. Uma pausa, e o guitarrista trocou a SG por um violão caindo aos pedaços, daqueles de levar na Ilha do Mel, pendurado por uma cordinha que deve ter causado queimaduras no pescoço. Simplesmente apavorou. Mais uma pausa, esta vez aquela que precede o bis, que não foi de uma ou duas músicas, mas de umas quinze. Fui mais pra frente e ajudei o cara da bandeira do Che. Manu só agradecia e dizia até sempre. Duas horas e quinze de show. O público nem pediu mais, estava cansado da festa.

O Marques estava tirando fotos, e postei algumas no flickr.